palestrantes Ryon-Braga e Jean Sigel

Educação para o futuro será tema de palestra com Ryon Braga e Jean Sigel 

Com entrada franca, evento tem como objetivo reunir pais e educadores para entender o papel da educação frente aos desafios do cenário mundial

Você já se perguntou de que forma a educação pode contribuir mais para o futuro de crianças e jovens? Como a rotina escolar auxilia os estudantes não apenas para escolherem suas futuras profissões, mas para estarem de fato preparados para enfrentar a próxima etapa? Competências socioemocionais como ética, resiliência, resolução de problemas complexos, autoconfiança, capacidade de trabalhar em grupo com equipes diversas e multidisciplinares se fazem cada vez mais necessárias, em um ambiente em constante mudança e que demanda dos jovens uma forte capacidade de adaptação. Una-se a isso as particularidades da nova geração, que já nasce conectada, e o resultado é uma necessidade de repensar o ensino e a aprendizagem. Mas e a escola, como tem se preparado para educar neste cenário?

É com esse intuito que a Nutrimental, enquanto patrocinadora da causa de educação empreendedora, promove no próximo dia 10 de outubro (quinta-feira), às 19 horas, a palestra “Educação para o futuro”, com Ryon Braga, atual reitor do Centro Universitário Uniamérica e sócio-fundador da Atmã Educar. Formado em medicina pela Universidade Federal do Paraná, Ryon Braga é pós-graduado em neuropedagogia e mestre em educação pela universidade da Espanha. Em sua carreira, desenvolveu diversos projetos voltados para metodologias de ensino e aprendizagem. Além disso, possui vasta experiência em inovação educacional e o modelo híbrido de ensino. “Quando estava cursando medicina, descobri que gostava muito da neurologia. Foi na neurologia, inclusive, que comecei a estudar o cérebro e o processo da aprendizagem. Assim, me dei conta que o educador tem uma possibilidade de auxiliar as pessoas a mudarem, a se transformarem, a evoluírem, muito maior do que a do médico”, explica.

Para Braga, vivemos uma época de profunda transformação no setor da educação. “Transformações essas que vêm de encontro a três elementos diferentes: os avanços da neurociência aplicados ao processo do ensino-aprendizagem, descobrindo novas maneiras mais eficientes de estudar e de aprender. O segundo ponto é uma mudança de geração muito importante, com jovens e crianças que aprendem de forma diferente e têm outros estímulos – não só por serem nativos digitais, mas também por terem aspirações, objetivos e até propósitos diferentes. Então a educação tem que se preparar para essas novas gerações, que são muito diferentes das anteriores. E o terceiro elemento é o acesso universal à informação. A tecnologia na educação não é um fim, mas sim um meio que proporciona o acesso a qualquer conhecimento que existe no mundo”.

O reitor destaca que antes o conhecimento dependia da transmissão de um professor aos alunos. “Hoje qualquer pessoa com um smartphone conectado à internet tem acesso a qualquer conteúdo, de qualquer assunto. Isso exige que a escola se reorganize para que seja dada aplicabilidade a esse conhecimento, para que crianças e jovens possam desenvolver as competências que precisam para suas vidas e suas profissões no futuro, e para que não fiquem mais limitados apenas a um acúmulo de conteúdos, conhecimentos e informações como era no passado. Então há uma oportunidade fantástica da escola se reinventar dando condições de desenvolver competências muito mais abrangentes nas crianças e nos jovens, de forma muito mais criativa, inovadora e com resultado de aproveitamento no tempo muito mais eficiente e eficaz do que era com as nossas gerações”.

E para educadores que enfrentam o desafio de adaptar a escola ao novo cenário, Ryon Braga sinaliza dois importantes caminhos. “Primeiro sair da metodologia passiva, que até então era utilizada – dividindo o conteúdo em disciplinas e ministrando aulas expositivas, com as crianças copiando do quadro ou lendo apenas nas apostilas – para metodologia ativa, onde as crianças e os jovens sejam protagonistas da aprendizagem. Que eles trabalhem a produção do seu conhecimento e construam a aprendizagem a partir de vivências e experiências reais, baseadas em projetos, desafios e resolução de problemas dentro de um contexto de maior protagonismo. Esse é um ponto, o da mudança metodológica”.

O segundo ponto de atenção é o da ampliação de conteúdos. “Principalmente depois da Base Nacional Comum Curricular, o governo e a sociedade entenderam que a formação vai muito além de matérias disciplinares, como química, física, história, geografia, etc. Hoje as crianças têm oportunidades de vivenciar desde cedo questões como empreendedorismo, educação financeira, projetos de vida, habilidades socioemocionais, programação e vários elementos que podem enriquecer fortemente a formação, além dos conteúdos tradicionais das antigas disciplinas”.

Braga sinaliza que o propósito da educação vai muito além da tecnologia. “O verdadeiro sentido da educação está em ajudar a criança e o jovem a encontrar o seu propósito de vida e desenvolver as competências para realizá-lo. Qualquer coisa menos que isso não é uma educação completa”, pontua.  

Criatividade na educação

Para dar início ao evento, Jean Sigel realiza a palestra “Criatividade na educação – a arte de imaginar e criar o futuro”. Especialista em marketing e inovação e certificado pela Universidade de Stanford/D.School em Innovation Master Series, Jean Sigel é Relações Públicas (UFPR), pai de duas meninas, montanhista, empreendedor por natureza e co-fundador da Escola de Criatividade. Trabalhou dez anos para o Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça) e, atualmente, desenvolve projetos voltados a educação para a criatividade, economia criativa e empreendedorismo. É assessor do Programa Transforma Educação do Comitê Olímpico Brasileiro, além de palestrante, colunista e empresário.

Sigel contextualiza o atual momento, em que vivemos um mundo muito mais rápido, mais complexo, mais incerto e ultraconectado. “A evolução humana vem da criatividade, vem da vontade de aprender. É isso que nos diferencia essencialmente dos demais animais, essa capacidade de inventividade humana”, enfatiza. Por isso, Sigel destaca a importância dos pais analisarem as novas propostas pedagógicas, de forma a dar vazão aos talentos, às competências necessárias ao século XXI, sem se prenderem ao pensamento linear que funcionou durante a revolução industrial, mas que hoje traz limitações às habilidades necessárias.

“Como a escola está levando o tema criatividade de maneira transversal e ampla para todas as disciplinas? A criatividade não deve ser trabalhada só na educação artística. Como pode o professor de matemática ser mais criativo ao lecionar sua aula? Como um professor de ciências pode sair da sala de aula e observar o mundo junto com as crianças? Como todos os educadores, independentes de suas áreas de expertise, podem realmente ser estimuladores do processo criativo? As crianças e os jovens são extremamente criativos e é papel do educador – seja professor, coordenador ou até mesmo pai ou mãe – dar vazão, despertar esse talento no dia a dia da sala de aula”, considera.

As palestras são gratuitas e destinadas a pais, alunos e professores de instituições de ensino fundamental e médio, que estejam interessados em entender mais sobre os novos métodos de ensino. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser realizadas pelo site: bit.ly/educacao2020.

Serviço

  • Palestra Educação para o futuro
  • Data: 10/10/2019, das 19h às 21h30
  • Auditório Nutrimental – Avenida Rui Barbosa, 8153- Bairro Águas Belas, São José dos Pinhais
  • Entrada franca. Vagas limitadas
  • Informações e inscrições: (41) 99943-8635 e bit.ly/educacao2020.

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